Artigo do Gato
Artigo escrito pelo jornalista Roberto Gato.
A decisão da executiva do Partido dos Trabalhadores, reunida com apenas sete dos treze membros decidiu que seus filiados não podem tecer comentários desabonadores a gestão do Partido Socialista Brasileiro (PSB) cuja coligação ganhou a eleição para o governo do Estado.
Artigo escrito pelo jornalista Roberto Gato.
A decisão da executiva do Partido dos Trabalhadores, reunida com apenas sete dos treze membros decidiu que seus filiados não podem tecer comentários desabonadores a gestão do Partido Socialista Brasileiro (PSB) cuja coligação ganhou a eleição para o governo do Estado.
Essa união dos dois partidos não
foi abençoada plenamente pelas lideranças petistas locais. Dalva Figueiredo,
por exemplo, se mostrou contrária a união, porém com minoria na executiva do
partido foi voto vencido. Hoje quem comanda o PT são figuras foscas, sem brilho
e sem voto popular. Joel Banha um parlamentar sem grandes projeções
legislativas e uma figura fechada, de pouca fala e sem o traquejo no trato com
as pessoas, habilidade indispensável na boa relação pública. Dora Nascimento,
atual vice governadora do Amapá, uma militante com vistas voltadas aos espaços
de poder granjeados pela sua posição, mas sem o topete para se impor como
liderança política do maior partido político do Brasil e com o mais importante
cargo deste País nas mãos. Presidência da República.
Ambos atiraram no que viram e acertaram
no que não viram. Dalva estava certa na sua análise conjuntural. O PSB queria
tão somente palanque para Capiberibe e Janete. Sabiam os socialistas que suas
chances de acessar o Setentrião eram remotíssimas, diria impossível, mas uma
operação da Polícia Federal realizada as véspera da eleição os colocou no páreo
e o resultado é que vivenciamos. Uma catástrofe para o Amapá. A inexpressividade
do grupo político de Joel e Dora está retratada na derrota de Joel para a
Assembléia Estadual e de sua irmã, Izídia Banha para edilidade.
Agora de forma arbitrária e sem
mais uma vez pensar no PT um fragmento majoritário da executiva toma essa
decisão. Amordaçar os petistas, logo eles que foram forjados nas quentes lutas
contra a ditadura. Um partido político com uma biografia construída pelo
enfrentamento daqueles afeitos ao imperialismo capitalista. No Amapá petista tem
de andar olhando para baixo e sem opinião. Os membros do maior partido brasileiro
são proibidos de enxergar, de ouvir e de sentir. São “zumbis” que vagueiam sem
olfato, paladar e tato. Mortos vivos. Aonde chegou o PT. Um partido político
que a cada dia se acapacha subservientemente para atender a ambição deste casal
pelo poder. Joel Banha, deputado derrotado nas urnas sonha com o Tribunal de
Contas e, Dora Nascimento, imagina uma carreira no legislativo, pois com um
partido que perde identidade e densidade eleitoral, fatalmente a cadeira de
vice deve está na mesa de negociação do PSB para atrair parceiros mais
interessantes.
Reage PT, nem a voz de um de seus
maiores líderes José Dirceu que em plenária afirmou de forma categórica que
Camilo Capiberibe não honra o que apalavra serviu para encorajar o risível PT
amapaense de Dora e Joel e vice versa, tanto faz nesse caso a ordem não altera
os fatores mesmo. Se prostram ao pé de Camilo e pedem desavergonhadamente pelo
amor de Deus ao PSB para que continuem a comer as migalhas de poder que ainda
lhes cai nos cacos de pratos que seguram as mãos tal qual mendigo a pedir pelo
amor de Deus pela benevolência dos transeuntes.
Embora não seja filiado a partido
político confesso que foi o PT e seus ideais que me levaram um dia as ruas
para, vestido a caráter, de vermelho, pedir voto para a Dalva. Hoje, esse PT
medíocre, submisso, sem voz, não me apetece. Estou com nojo deste PT do Amapá. Não
sei classificá-lo, talvez não tenha competência para tal. Mas você militante
histórico pode dizer ao Amapá que PT temos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário