Artigo do Jornalista Roberto Gato
Ao
se analisar o governo do PT invoca-se de forma positiva a continuidade da
política econômica brasileira, implantada no governo do PSDB, porém iniciada
pela vítima das oligarquias políticas Fernando Collor de Melo. Esse é um
aspecto. O outro e por aí para, são os tão decantados avanços sociais.
Nesse
particular, as análises numéricas do Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística dão eco. Os programas como o Bolsa Família, que já foi Bolsa Escola
foi um paliativo criado no governo brasileiro do PT, primeiro para empanar de
forma acintosa a incompetência do governo para atuar com responsabilidade e
eficiência em dois pilares da gestão pública. Educação e desenvolvimento
econômico, a partir do incremento no setor privado.
É
evidente que os adágios populares são pródigos e disso ninguém ousa duvidar.
Dar o peixe é sempre o pior caminho encontrado para solucionar a fome de uma
família. Dê o anzol e ensine a família a pescar o próprio peixe. Será para
sempre provida à mesa, pois o ofício foi aprendido. Mas quem quer resolver o
problema da ignorância e da miséria no Brasil? O Partido dos Trabalhadores? Ta
brincando. Vamos falar sério. O que esses programas de transferência de renda
criaram no Brasil foi uma legião de preguiçosos e que não querem trabalhar, pois
se acostumaram a enfrentar as filas, pelo menos isso, para se inscreverem nos
programas do governo federal, estadual e municipal, onde existem e, a partir
dali ser mais um a somar aos milhões que vivem de papo pro ar com o dinheiro da
sociedade economicamente ativa.
O
boato de que esse malfadado programa seria extinto pelo governo federal deu o
tom para o Brasil e para os governantes de quanto ele é importante para tantos
jovens com idade na faixa etária de 23 a 40 anos que estão com belos e fortes
corpos para fazer e parir filhos e jogá-los a custódia da sociedade. Os que os
“manus longos” do estado não alcança se volta contra a sociedade produtiva que
vira vítima e refém das frustrações desses brasileiros desafortunados e
descobertos pelos programas de bolsa.
No
Programa “Agora é Tarde” apresentado pelo humorista Danilo Gentilli, da Rede
Bandeirante de Televisão, uma senhora com a cara da miséria, sem dente e cheia
de marcas de expressão no rosto não teve constrangimento e disparou em uma
entrevista a um canal qualquer de televisão: é preciso aumentar o valor da
bolsa, R$ 120 reais não dá nem pra comprar uma calça jeans para uma menina de
16 anos que só querem calça de R$ 300 a 400 reais. É... Em muitos casos é só
para isso que a Bolsa serve.
Na
realidade o partido dos trabalhadores vislumbrou nesse “benefício” uma forma
legal de comprar voto. Daí os índices de popularidade dos governos petistas
serem tão altos entre os ignorantes e miseráveis e evidentemente em algumas
camadas intelectualizadas comprometidas em dar discurso e razão teórica para
esse tipo de alternativa de minimizar a pobreza no Brasil.
Quando
eles e todos os que usam a razão sabem que o único caminho seguro para mudar
essa realidade incômoda e que nos empurra para uma guerra civil entre concidadãos
brasileiros é investir seriamente na educação, dando oportunidade igual a todos
de terem uma escola de qualidade, onde o professor seja valorizado e
incentivado a estar sempre se aperfeiçoando. E isso se faz com salário digno e
as escolas que não sejam apenas prédios de concreto frio, construídos através
dos acertos licitatórios superfaturados e que em pouco tempo estejam rachando e
prestes a desabar na cabeça de quem ficar debaixo desse teto, mas com
biblioteca informatizada, merenda, e laboratórios para formar a mão de obra de
um Brasil que olha para os seus pensando num amanhã promissor. Somos um País de
hipócritas, fazendo de conta que estamos preocupado com o bem estar do outro,
na verdade estamos apenas usando da estratégia paliativa de matar a fome de
quem tem fome é de saber e de uma profissão. Mas é necessário que tenhamos
empresas (indústria, comércio e serviço) esperando essa mão de obra qualificada
que pode sair das Universidades e Escolas Técnicas. Se não for essa proposta,
esquece. É fisiologismo puro, Retórica.
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