quarta-feira, 6 de março de 2013

Fumcult pede alterações no Estatuto para compor Conselho Diretor.

Marci Corrêa, Coordenadora Municipal de Cultura.

       A Fundação Municipal de Cultura (Fumcult) está tomando medidas para alterar o Estatuto do órgão por entender que há incoerência na composição do Conselho Diretor. Para democratizar essa representação e ampliar a participação de segmentos culturais, a presidente da Fumcult, Márcia Corrêa, encaminhou ofício ao prefeito Clécio Luís, propondo alterações no número de membros do Conselho Diretor da Fundação, de oito para 22, sendo de natureza paritária sua composição.

     Criada em 2011, a Fumcult contempla em seu estatuto a composição de um Conselho Diretor para fiscalizar suas ações e a utilização dos seus recursos. No entendimento da presidência, a Lei complementar 082/2011 que extinguiu a antiga Coordenadoria Municipal de Cultura e criou a atual Fundação, apresenta contradição na representatividade dos segmentos culturais no conselho.
     No final de 2012, o então diretor da Fumcult, João Porfírio, solicitou ao prefeito Roberto Góes, alteração no Art. 4º do Estatuto da Fundação, o que tiraria dos segmentos culturais parte da autonomia na escolha de seus representantes. Pela mudança proposta, cada segmento apresentaria uma lista tríplice ao presidente da Fundação, que escolheria um nome e encaminharia para nomeação pelo prefeito.
     A mudança proposta pelo ex-presidente não foi encaminhada pelo gabinete do ex-prefeito em razão da falta de tempo hábil para tramitação, uma vez que deveria passar por aprovação da Câmara de Vereadores. Do contrário, a Fumcult teria hoje um Conselho Diretor composto por quatro membros indicados pelo ex-prefeito e quatro membros indicados, através de lista tríplice, pelo ex-presidente.
    A presidência questiona o papel do Conselho Diretor de deliberação quanto às ações e de fiscalização quanto ao uso dos recursos da pasta. A composição proposta engessa a gestão e mantém a Fumcult sob o poder político do governo anterior, e ainda submete os representantes de segmentos culturais a essa medida considerada autoritária.
    A presidente Márcia Corrêa e sua equipe detectaram o problema e a proposta de alteração feita pelo ex-presidente foi arquivada. Uma nova proposta foi apresentada, desta vez ampliando a representação dos segmentos culturais e assegurando a livre escolha de seus representantes.
Pela nova proposta, terão assento no Conselho Diretor da Fumcult os segmentos: Teatro, Música, Dança, Artes Visuais, Literatura, Culturas Populares, Culturas Afrodescendentes, Capoeira, Audiovisual, Artesanato e Cultura Digital. "Essas alterações tornarão o Conselho Diretor mais representativo da realidade cultural do município", disse a presidente da Fumcult, Márcia Corrêa.

Por Carol Pessoa.
ASSCOM Funcult

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